25.1.11

Comunicação escrita / comunicação oral


Eu considero-me bastante pragmática na forma como escrevo e como falo. Com isto quero dizer que gosto de ir directa ao assunto e não costumo "desperdiçar" palavras.
No entanto, ainda que num texto escrito isso possa ser visto como positivo,  na comunicação oral é possível que prejudique.

Lembrei-me disto porque tenho estado atenta à forma de falar (em português) de pessoas cuja profissão envolve comunicar bastante, e apercebo-me que utilizam palavras e expressões que, apesar de não acrescentarem quase nada ao discurso, ajudam a torná-lo mais eloquente.
Será isso importante na língua portuguesa?
Sentirá um professor ou um médico ou um advogado (só para dar 3 exemplos) a necessidade de falar de forma mais rebuscada para ser mais respeitado?

Deixo a discussão em aberto ;)

11 comentários:

Tânia ♥ O Nosso Mundo Perfeito ♥ disse...

Olha que eu acredito que sim

M. disse...

Eu falo de forma algo atabalhoada, mas tenho bastante cuidado ao escrever, até porque o faço profissionalmente. Se é importante falar com cuidado? Claro que é, mas não me preocupo muito com isso, sou bastante espontânea oralmente!
Bjsss,
Madalena

Fashionista disse...

Dentro dos limites do razóavel. Claro que devem falar bem, mas olha que já ouvi professores que utilizam uma linguagem tão rebuscada, tão rebuscada que se torna complicado perceber e eu acho que quem fala deve adequar o discurso à plateia!

Unknown disse...

Tudo depende do público que se tem,há que adaptar sempre o discurso a quem nos ouve. Claro que um discurso mais rebuscado, com expressões mais complexas ganha pontos, isto se quem o escuta o compreende sem problemas, mas se estivermos a discursar perante pessoas com baixa escolaridade por exemplo, há que ser mais simples e procurar passar a mensagem sem artifícios:) bj!

Queen of Hearts disse...

Bom, eu insiro-me num dos três exemplos que deste, e apesar de sentir que por vezes falo de forma mais rebuscada, isso não acontece por necessidade de ser mais respeitada, mas sim porque surge naturalmente. Quero eu dizer que, em virtude da linguagem que sou obrigada a utilizar todos os dias, das leituras e escritas que tenho diariamente de fazer, por vezes a linguagem falada ou escrita não-profissional pode sair-me afectada pela experiência do dia-a-dia.
Mas, muito importante, eu tento sempre adaptar-me a quem está a interagir comigo, no trabalho e fora dele. Acho que, por mais valor que eu dê à eloquência e à facilidade de expressão, temos todos de nos saber adaptar aos nossos interlocutores para que a comunicação se dê com sucesso. :)

E esta é a regra que tento aplicar! :)
Beijinhos

Unknown disse...

No meu caso específico e como sou professora, acho que a forma como comunicamos com os alunos está dependento do nivel de ensino. No meu caso tenho alunos de diferentes idades e o discurso nunca pode ser o mesmo. Com crianças o que resulta é ir de encontro ao nivel deles e nunca em momento algum uma linguagem mais robuscada resulta, eles ficam sem perceber.
No entanto conheço pessoas que utilizam certas expressões, em conversas do "Social" que nem imaginam o significado, numa tentativa de ficarem bem vistas!!!

E? disse...

Obrigada pela vossa participação :)
Noutras línguas, como o inglês, eu sinto que as pessoas falam sempre da mesma forma, que ainda por cima é bastante simples e directa.
Noto mesmo uma grande diferença entre as diferentes línguas.

Unknown disse...

Mas achas que quando pessoas se expressam numa lingua diferente da materna utilizam um vocabulário mais elaborado sem saberem o significado, numa tentativa de ficarem bem?

E? disse...

O que eu acho é que quando se ouve falar inglês, por exemplo, seja essa a língua materna ou não, a linguagem é relativamente simples independentemente da situação.

No português é diferente. Há uma necessidade muito maior de alterar o tipo de discurso.
E sim, há quem use as palavras sem saber o significado. E ouve-se imenso palavras como "efectivamente" (e outras com a mesma terminação), "portanto", "alegado", ...
hehehe

Coelhinha disse...

Concordo contigo quando dizes que muitas pessoas em Portugal procuram utilizar uma linguagem mais rebuscada e na minha opinião, não entrando em exageros claro, é bastante positivo ao nível profissional, ou até social dependendo de com quem se fala. Apesar de não achar que é só em português que isso acontence mas em várias linguas de origem latina (Italiano, Francês). Infelizmente nem todos temos essa capacidade mas acredito que tendo necessidade de utilizar esse tipo de linguagem e com algum esforço todos conseguimos melhor um pouquinho (eu pelo menos bem preciso).

Sara disse...

Enquanto professora acho que não serei mais respaitada por falar de uma forma mais rebuscada, mas sinto que dizendo a mesma coisa de várias formas diferentes consigo atingir com mais intencionalidade o objectivo que pretendo que é chegar ao maior número de alunos possível, princiapalmente quando estamos a falar de crianças, mas considero importante ir diversificando o vocabulário para que o deles também se enriqueça.

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